Se um dia não houver luar,
vou à tua porta pedir a razãoPerguntar num beijo, pela luz que já não vejo,
pelos olhos a falar do coração
E se me disseres que o olhar
nunca foi o espelho da tua paixão,
Agradeço à lua, por trazer verdade tua,
fecho olhos, vou p’ra lá do teu clarão.
Seguirei no chão, pegadas já marcadas pela dor.
Sofrimento de alguém que provou do teu amor.
Ardo no caminho em saudades de te amar.
Faço dela um novo luar.
Assim, volto de novo aqui
Aos braços de um olhar
que enfrenta um enredo num desprezo par.
Ai, como me dói esse abraçar.
E mesmo assim, eu estou de novo aqui,
pronto a recomeçar.
Pronto p’ra partir e depois voltar,
Se um dia não houver luar...
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