segunda-feira, 13 de julho de 2009

A quem de direito

Aos que perguntaram, Aos que queriam saber, A quem recebeu sms a dizer "Não vou.", A quem me convidou com gosto e não me viu aparecer, A quem deu com os telemoveis em modo off durante 4 dias, e por ultimo, a mim. Porque felizmente alguém conseguiu colocar isto em palavras, deixo-vos a resposta sem mudar nem uma virgula, porque até essas batem certo.

"Suponho, a bem da presunção da minha própria normalidade, que também vos suceda: acharem-se vazios, exauridos, esgotados, cansados e sem perspectivas, tão intelectualmente flácidos como um saco vazio, tão doentes do mundo como um fragmento de Bernardo Soares. Chamem-lhe mal de vivre, spleen, angústia existencial ou, como em Machado de Assis, "volúpia do aborrecimento" - o que quiserem. Estou doente e talvez seja das férias que nunca mais chegam ou da consciência aguda da inutilidade e do pouco interesse daquilo que faço. Como quiserem. Estou doente e talvez mereça uma sala de isolamento num hospital público, um plano de contingência, um período de quarentena. Façam o favor de me desculpar."

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