Na casa dos meus pais, desde o meu tempo do liceu, que o ultimo andar é um estúdio. Decorado com várias estantes, aparelhagem, tv, consola, sofá e inevitável PC. As estantes foram sendo carregadas ao longo dos anos com cd’s de música e jogos, livros da colecção “Uma aventura”, aventuras de Sherlock Holmes, Harry Potter e dezenas de manuais e dossiers meus e do meu irmão, do básico à universidade.
Mas foi só nestas férias deste natal, quando a filha do meu primo invadiu o estúdio e o meu quarto (que é coisa que odeio desde que sou gente) em busca das estantes, que reparei nos outros objectos que estão lá desde sempre e vão crescendo.
“Também quero um armário assim!” - exige ela dos seus cinco/seis anos, onde a palavra estante ainda não existe e o entusiasmo vem sempre em gritaria. Pergunto-lhe se fala dos livros, dos porta cd’s divertidos em formato de dados e lata de coca-cola, ou dos vários bonecos da colecção (peluches, porta-fotografias, globo de neve) me 2 you; e começo a fazer contas sobre qual destes (livros que o resto ninguém lhe toca) lhe vou dar desta vez. “Não! Cheio de bolas!”
É certo que em muita coisa, “em casa de ferreiro, espeto de pau”. Mas desconfio que na garagem, do chão ao tecto reina o ferro velho, e as ferramentas deixam rasto até à cabeceira da cama. Cá em casa é a mesma coisa, na garagem além dos carros estão 3 bicicletas (e com o porto bike tour chegará a quarta). No meu quarto e no estúdio após as contas da pequenina, estão doze bolas de ténis, uma de futebol, duas de futsal, uma de basquete, outra de volei, duas de golf (verdade)… das mais tradicionais às estupidamente coloridas.
E agora vou ali por na lista de compras do novo ano, uma nova raquete de ténis e a bola de rugby em falta.

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