E do nada - há vezes ainda mais do nada que outras - morre alguém que se conhece. Vinte e sete anos. Auto-imune. Complicação. Agravamento súbito. Duas semanas. Morte... são palavras que não param de latejar na minha cabeça.
Porra. Porra. Porra. Mas... Porra. Como?. Foram palavras repetidas por mim, até ao limite do absurdo. Mas... que mais se diz quando ao telefone falamos com a amiga que acabou de perder uma das melhores amigas?! que a perdeu assim, do nada ou do quase nada. Esta semana tinha começado de forma complicada, com um sms de uma amiga sobre uma amiga sua (38 anos!) que se matou, o termo é este, matou-se... foi encontrada quando já tinham passados 4 dias (e que amigo fica inteiro a saber isso! 4 dias...).
E enquanto escrevo isto, latejam, ainda, e talvez para o resto do fim-de-semana: Vinte e sete anos. Auto-imune. Complicação. Agravamento súbito. Duas semanas. Morte. Vinte e sete anos....
Neste momento, sei eu e Deus, o quanto me apetece ligar a alguém e dizer "Quero que saibas que todos os dias antes de adormecer desejo e peço o melhor para as pessoas de quem gosto, que se tornaram, que são... família - e que fazes, há muito parte desse grupo. Preciso que saibas isto. E gostaria de saber como estás." . Não sei se vou ligar. E só não sei porque sei... que não vão vai querer atender. E é assim a vida, que tem muito menos de puta que a puta da morte.
Nota: A ti, I. (sempre I.) força... força.
2 comentários:
E força para ti também. beijo.
Se forte neste momento...é duro, muito duro, muitas vezes nao percebemos o motivo e nao sei se algum dia o iremos perceber. Como é estupido querermos dizer a todas as pessoas que sao especiais que as amamos e as queremos bem e nao o fazemos por receio a parecermos ridiculos. E quando finalmente ganhamos coragem tornou-se tarde demais.
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