As pessoas normalmente acham que eu não estou a falar a sério. Porque de facto, eu quase nunca falo a sério - excepto quando falo a sério! ;-)
E quando hoje disse à minha orientadora que estou, de facto, a considerar por fim ao doutoramento a primeira coisa que ela fez foi dizer-me que eu não estou, nem posso estar a falar a sério. Mas estou, e ela percebeu no segundo seguinte que estou, a falar muito a sério. Não o digo de animo leve, digo-o com pesar. Com pesar de que nunca falhou em nada. De quem nunca desistiu de nada. Mas com a certeza de quem também já percebeu de que foi um erro... que as vantagens, não são mais vantagens mas problemas. E não fosse o caminho para a frente mais curto do que o caminho que já está para trás e não era uma consideração. Era um facto.
Não fosse o peso da desilusão, que será, serei, para elas que durante estes anos me orientaram... não fosse o peso da desilusão para os meus pais... e confesso, alguma vergonha dos amigos e de mim para comigo. E estava feito. Sem arrependimentos. Mas poucas coisas são simples. E esta decisão nada tem de simples. Tanto que os amigos que sabem como tenho andado estes meses, só hoje (quando souberam da conversa com a chefe) perceberam que estou mesmo a falar a sério.
2 comentários:
Tive hoje uma conversa com os meus orientadores que não correu lá muito bem... deixou-me na corda bamba e a ponderar se não deveria desistir do doutoramento. Acredito que essa decisão não seja tomada de ânimo leve e que te custe bastante. Gabo-te a coragem. Boa sorte!
um GANDE beijinho.
Enviar um comentário