Olha o sol e não queiras outro guia.
Sonha com a noite e absorve, aspira o dia,
tal uma flor que te florisse ao peito.
Da terra maternal, faz o teu leito.
Respira a terra e bebe o luar. Confia.
Faz de cada pena uma alegria
e um bem de cada mal insatisfeito.
Colhe todas as flores do jardim,
todos os frutos do pomar e enfim
colhe todos os sonhos do universo.
Procura eternizar cada momento,
Fecha os olhos a todo o sofrimento
E terás feito a carne do teu verso.
Fernanda de Castro
Lisboa, 8 de Dezembro de 1900 – 19 de Dezembro de 1994
Lisboa, 8 de Dezembro de 1900 – 19 de Dezembro de 1994
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