Sabes como ser feliz? Sei. E dá um trabalho… imenso. O ser feliz? Não. Dá um trabalho imenso por um pé à frente do outro. Sair do sofá. Abrir as janelas. Tomar banho. Pior do que a missa do galo! Quando só queremos estar ali. Quando só queremos morrer, ou menos que isso, deixar de existir. Nunca ter existido. A última coisa que queres é querer alguma coisa além daquela uma coisa que querias, e te foi negada. Te é proibida. Ser feliz dá trabalho. Muito. Muito mais do que fazer alguém feliz. É muito fácil fazer outro feliz. E muito mais fácil se o outro for alguém que não conhecemos, e nunca nos viu.
Tive uma amiga que ficou sem falar comigo meses, escreveu-me uma vez, que toda a energia que tinha mal chegava para se levantar de manha, ir trabalhar e comer qualquer coisa nos entretantos. Como diria Churchill, "if you're going through hell keep going" – o trabalho que isto dá!
Ver mais. Ver melhor. Sem ânsia de guardar, mostrar ou contar o que se viu. Dá um trabalho enorme. Demorei anos a chegar até aqui, que nem sempre o caminho é plano ou recto – e estou ainda tão aquém, da paciência, da calma e da tolerância que um dia espero vir a ter em mim. Perguntaram-me se sabia como ser feliz, num dia em que me tinha deitado durante horas num dos jardins do fórum romano. Depois de um banho demorado, em dia de 40ºC, em noite de 30ºC. Acompanhada de um jantar na esplanada ao som de música ao vivo e vista para o coliseu. Perguntaram-se se sabia ser feliz. Disse que sim. Que sei. Mas que dá muito trabalho. Exige tempo. Ás vezes algum dinheiro. E ver mais. Ver melhor.
Tive uma amiga que ficou sem falar comigo meses, escreveu-me uma vez, que toda a energia que tinha mal chegava para se levantar de manha, ir trabalhar e comer qualquer coisa nos entretantos. Como diria Churchill, "if you're going through hell keep going" – o trabalho que isto dá!
Ver mais. Ver melhor. Sem ânsia de guardar, mostrar ou contar o que se viu. Dá um trabalho enorme. Demorei anos a chegar até aqui, que nem sempre o caminho é plano ou recto – e estou ainda tão aquém, da paciência, da calma e da tolerância que um dia espero vir a ter em mim. Perguntaram-me se sabia como ser feliz, num dia em que me tinha deitado durante horas num dos jardins do fórum romano. Depois de um banho demorado, em dia de 40ºC, em noite de 30ºC. Acompanhada de um jantar na esplanada ao som de música ao vivo e vista para o coliseu. Perguntaram-se se sabia ser feliz. Disse que sim. Que sei. Mas que dá muito trabalho. Exige tempo. Ás vezes algum dinheiro. E ver mais. Ver melhor.
Hoje fui. Amanhã logo vejo se tenho forças. Não para ser feliz, mas para tomar banho, por um pé à frente do outro e sorrir a quem está do lado de lá.
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